Nem sempre as estreias do cinema possuem lançamento simultâneo. Como
exemplo, podemos citar o novo filme do Capitão América, que chegará às
salas brasileiras cerca de uma semana depois da estreia nos EUA. Um
cenário não muito ruim, se levarmos em consideração que os fãs japoneses
terão que esperar três longos meses para ver o herói da Marvel nas
telonas.
As razões para o atraso podem ser diversas. Mas uma coisa é certa:
esse é o caso que a indústria adora citar para justificar as travas de
região. Graças a esse bloqueio, os japoneses não poderiam, em tese,
assistir aos DVDs do filme lançado para o mercado americano. Assim, os
cinemas do Japão poderiam contar com lucros, mesmo exibindo o filme um
trimestre depois.
Além disso, como nem todo estúdio pode ser responsável também pela
distribuição de seus lançamentos, a trava de região é uma maneira usada
para controlar e proteger os distribuidores do filme. Com ela, é
possível evitar que o distribuidor europeu de uma película, por exemplo,
interfira nos lucros ou negócios do distribuidor brasileiro do mesmo
título.
Também há o fato de que esse tipo de restrição possa colaborar para a
diminuição de cópias ilegais do filme em países onde ele ainda não foi
lançado. Na prática, sabemos que isso não funciona muito bem e que o
bloqueio regional não passa de uma inconveniência a mais para o
consumidor. Principalmente depois da popularização da banda larga e a
evolução dos serviços de compartilhamento de arquivos.
A geografia da proibição
Basicamente, cada mídia possui a sua maneira de classificar o mundo.
Discos de DVDs, por exemplo, podem ser produzidos para seis regiões
diferentes, enquanto o padrão Blu-ray separa o globo em apenas três
partes. Confira mais detalhes e aprenda a diferença sobre essas travas.
DVD
A indústria de DVDs divide o mundo em seis blocos principais:
- 1 – Estados Unidos, Canadá, Bermudas e outros territórios que pertencem aos EUA;
- 2 – Europa (com exceção da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia), Oriente Médio, Egito, Japão, África do Sul, Suazilândia, Lesoto e Groelândia;
- 3 – Sudeste asiático, Coreia do Sul, República da China, Hong Kong e Macau;
- 4 – México, América Central, América do Sul e Oceania;
- 5 – Índia, Afeganistão, Ucrânia, Bielorrússia, Rússia, África (exceto Egito, África do Sul, Suazilândia e Lesoto), Ásia Central e Meridional, Mongólia e Coreia do Norte; e
- 6 – República Popular da China.
Além desses, existem também o código 7, reservado para uso futuro, e o 8, utilizado para cópias de filmes exibidos em cruzeiros e aviões. Há também a região 0 (zero), indicando que o filme pode ser visto em players de qualquer uma das seis regiões principais, e a região ALL (todas), que permite o uso do DVD em qualquer região, incluindo a 7 e a 8.
Blu-ray
Para o mercado de discos Blu-ray, o mercado está dividido em três partes
Quando o assunto é o conteúdo distribuído em discos Blu-ray, a
divisão mundial acaba sendo um pouco mais simples. O substituto dos DVDs
separa os mercados em apenas três blocos:
- A – Todas as Américas e suas dependências (com exceção da Groelândia), Ásia Oriental (com exceção da China continental e da Mongólia) e Sudeste Asiático;
- B – África, Oriente Médio, Sudoeste Asiático, Europa (com exceção da Bielorrússia, Rússia e Ucrânia), Austrália, Nova Zelândia e suas dependências; e
- C – Ásia Central, China continental, Mongólia, Ásia Meridional, Bielorrússia, Rússia, Ucrânia e suas dependências.
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